História

A história da freguesia de Santa Eufémia encontra-se intimamente ligada à história da vila e concelho de Penela, originando com que, durante vários séculos a sua história se misture e uma seja indissociável da outra.

D. Sesnando: em 1064 D. Fernando Magno, rei de Leão e Castela, conquista definitivamente Coimbra aos Mouros e vai nomear o moçárabe D. Sesnando, primeiro governador da cidade recém conquistada. No seu testamento datado de 1087, D. Sesnando afirma que povoou o Castelo de Penela "de illis castellis que ego populavi arauz et penella". Esta é a primeira referência histórica que se conhece a Penela e naturalmente, aos territórios da futura Freguesia de Santa Eufémia.

D. Afonso Henriques: atribui foral a Penela, datado de Julho de 1137 (anterior à fundação da nacionalidade), onde delimita o território, estabelece as garantias individuais dos cidadãos, especifica a tributação a que o concelho fica sujeito, estabelece as atribuições dos funcionários municipais e o regime penal que devia ser seguido. Aquando da outorga do foral, o futuro Rei intitula-se ainda de "infans" (Infante = filho de Rei). Este foral englobava toda a área da actual freguesia de Santa Eufémia.

Infante D. Pedro: nasceu a 9 de Dezembro de 1392, filho segundo do Rei D. João I e da Raínha D. Filipa de Lencastre, pertenceu àquela que é designada como a Ínclita Geração e pode ser considerado como o protótipo do príncipe medieval. Foi regente do reino na menoridade de seu sobrinho e morreu a 20 de Maio de 1449, na trágica batalha de Alfarrobeira, após a qual todos os seus bens são confiscados pela coroa, nessa época nas mãos do Rei D. Afonso V.

As cortes de Évora de 1408 ordenaram que fosse posta casa aos Infantes D. Duarte (futuro rei), D. Pedro e D. Henrique. No seguimento dessas directrizes, logo a 1 de Outubro desse ano, o Rei D. João I, doa a D. Pedro as "rendas" da Vila de Penela. A 7 daquele mês, por intermédio de Afonso Peres "escudeiro e criado do dito senhor Rei e escrivão da sua despensaria"... num local "junto com os paços del Rei": "tomou posse dos paços...".

Viviam-se na altura períodos difíceis, ainda se sofria no pós crise de 1383-85 e a paz com Castela só se celebraria a 31 de Outubro de 1411. Com a data de 2 de Dezembro de 1420, o Infante D. Pedro elabora uma resolução designada como "Tombo de todos os casais e mais propriedades com seus rendimentos que o Infante D. Pedro... mandou fazer na sua vila de Penela". Neste documento o Infante reforma o Foral de Penela, datado de Julho de 1137, naturalmente desactualizado com os seus quase trezentos anos.

D. Manuel: vai reformar o Foral a Penela de D. Afonso Henriques, através de uma nova Carta, datada de 1 de Julho de 1514. Necessariamente, os direitos e deveres dos habitantes da freguesia de Santa Eufémia, também ali estão referenciados.

Caspirro: herói concelhio referenciado por Fernão Lopes, na crónica do rei D. João I. Estava-se em plena crise de 1383/85, o Senhor de Penela era o Conde de Viana do Alentejo - D. João Afonso Telo - Apoiante de D. Beatriz e das pretensões castelhanas. Posição contrária ao povo do termo de Penela, apoiante das pretensões de D. João Mestre de Aviz. Face à situação, o povo revolta-se para defender aquele que consideravam ser o seu rei, Caspirro assassina o Conde de Viana do Alentejo "e os da vila tomaram logo voz por Portugal", como afirma Fernão Lopes e como se comprova nas Cortes de Coimbra de 1385, com a eleição para Rei do Mestre de Aviz.




São Miguel
União de Freguesias
Área: 36,6 Km2
Habitantes: 1746

Locais a visitar
O seu ponto mais alto é um local de beleza rara o Monte de Vez. No cimo do monte podemos deixar a nossa imaginação percorrer todas aquelas encostas envolventes. Outros dos atractivos locais são o Moinho de Vento reconstruído e a capela dedicada à Senhora do Monte. É ainda na freguesia que nasce o rio Dueça.
A gruta Talismã é outro potencial da freguesia, constituindo um atractivo espeleológico dada a sua beleza. No que refere ao património histórico não podemos esquecer a riqueza da Igreja de S. Miguel, o Castelo de Penela, o Pelourinho, também em Penela, e o Palácio da Quinta da Boiça.

Povoações
Além d' Água, Carregã, Camarinha, Chainça, Chão de Ourique, Casalinho, Casal Pinto, Casais do Cabra, Carvalheira da Boiça, Covão, Carvalhal, Espinheiro, Ferrarias, Infesto, Melhorado, Poupa, Póvoa, Santo António, Pastor, Penela, Silveirinha, S. Sebastião, S. Simão, Taliscas, Tolica, Torre D. Jerónima, Tola, Torre Chão Pereiro, Vale do Espinhal


Sta. Eufémia
Área: 24,75 Km2
Habitantes: 1737

Locais a visitar
Um dos atractivos da zona é os tradicionais moinhos de água para moer o milho e o trigo, alguns dos quais permanecem em funcionamento resistindo de forma inabalável à modernidade dos nossos dias.
A Igreja de Santa Eufémia, datada do séc. XVI, é um edifício representativo da arte renascentista, possui um capitel românico transformado em pia de água benta. Nesse mesmo século foi também construída a Igreja da Misericórdia.
Outro dos edifícios notáveis é o Convento de Santo António fundado em 1578 pela Província de Santo António dos Frades Capuchos. No entanto, em 1834 a ordem extinguiu-se passando posteriormente para a posse de particulares.

Povoações
Besteiro, Camela, Caldeirão, Carregã, Carvalhais, Carvalhinhos, Casal Pinto, Cerejeiras, Chãs, Coidel, Cova da Lapa, Dueça, Estrada de Viavai, Farelo, Fetais Fundeiros, Fojo, Freixiosa, Nogueiras das Cerejeiras, Pastor, Penela, Ponte da Veia, Ponte do Espinhal, Porto Judeus, Poupa, Serradas da Freixiosa, Sr.ª da Glória, Torre Chão Pereiro, Vale do Espinhal, Viavai, Vieiros


Rabaçal
Área: 8,7 Km2
Habitantes: 338

Locais a visitar
É na calma e no cenário bucólico do vale do Rabaçal que encontramos um tesouro mundial, as ruínas da Villa Romana do Rabaçal que integram o território de antigas civitas localizadas junto à via romana que ligava Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga). Possui uma área senhorial, uma área rústica e um balneário. O Rabaçal possui outros pontos de interesse como a Igreja Matriz e as capelas de Santa Ana, Santa Luzia e São João.
No que respeita ao património natural a região deslumbra com as paisagens de Chanca.

Queijo do Rabaçal
O Rabaçal é hoje conhecido pelo famoso queijo que se tornou o ex-libris da freguesia e do concelho. É uma combinação perfeita entre o leite de cabra e de ovelha, no entanto, o toque especial que o queijo adquire provém do aroma da erva-de-santa-maria abundante nos pastos da região.

Povoações
Chanca, Fartosa, Legacão, Ordem, Rabaçal